Pesquisar este blog

PARA FAZER COMENTÁRIOS, CLIQUE EM "LINKS PARA ESTA POSTAGEM". PARTICIPE!

.

segunda-feira, 1 de março de 2010

ENTREVISTANDO

BARCO A VELA EM NATAL
Eliana Ribeiro lança DVD em ginásio lotado

        O ginásio de esportes do Colégio Salesiano São José, no bairro da Ribeira, lotado, transformou-se numa festa no sábado à noite, para o lançamento do CD/DVD “Barco a Vela”, de Eliana Ribeiro, cantora e missionária da Canção Nova. Depois de Cachoeira Paulista, sede da Comunidade, Natal foi a primeira cidade a assistir ao show. Três mil pessoas cantaram, louvaram, rezaram, refletiram, aplaudiram, dançaram e se emocionaram.

        Caravanas de várias cidades do interior participaram do evento, que iniciou as comemorações de 10 anos da Canção Nova na capital do Rio Grande do Norte. Eliana Ribeiro é uma capixaba de 33 anos que depois de uma vida “desregrada”, como ela conta, teve o que chama de um “encontro pessoal com Deus” e desde 1999 integra a Comunidade que há trinta anos começou no interior de São Paulo, pelas mãos do então padre - atualmente monsenhor - Jonas Abib. Hoje, a CN comanda um sistema de comunicação que avança mundo afora, levando os ensinamentos de Jesus Cristo, sustentado por doações e venda de produtos como livros, CDs, DVDs, camisetas...

        A apresentação começou às 20h15 e terminou duas horas depois. O calor não desanimou ninguém e a música “Chuva de graça”, já perto do final, refrescou as centenas de pessoas que pulavam e batiam palmas. Eliana Ribeiro demonstrou-se surpreendida pela receptividade do público. Seu mais recente trabalho foi lançado em dezembro passado. Na manhã do sábado, a evangelizadora recebia a notícia da vendagem de 70 mil DVDs e 60 mil CDs. “Você tem certeza que é tudo isso?”, perguntou à diretora da Canção Nova em Natal. “Acabei de ter a informação lá de São Paulo. Para a gente, aqui em Natal, não é surpresa, porque a procura pelos seus discos é enorme e o povo daqui te ama”, respondia Alexandra Silva. O material que leva o nome Eliana Ribeiro tem venda restrita às lojas e livrarias da Canção Nova, daí sua surpresa. Cinco dos músicos que participaram do “Barco a Vela” acompanharam Eliana Ribeiro: Samuel Ferreira (baixo), Fábio Rabello (sax), Cristian Lopes (teclado), Rinaldo Xabú (guitarra) e Rogério de Prince (bateria).

        A subida e descida da capixaba ao palco foram dificultadas pelas pessoas que queriam chegar perto, pegar em sua mão, fazer uma foto, abraçá-la. Simpática, ela sorria o tempo todo e realizou o desejo de muita gente, tanto que após o show permaneceu por cerca de quinze minutos, dando autógrafos e sendo fotografada.

        Eliana Ribeiro alertou sobre a destruição que as drogas provocam no mundo, pediu a todos que rezassem para ter forças na superação dos obstáculos e ensinou: “Quem se acha forte demais corre o risco de cair rapidamente, porque acha que não precisa de ninguém. Prefiro ser fraca. A pessoa fraca que busca a força em Jesus tem condições de superar todas as barreiras”. A quem já pensou em desistir da vida ou de ficar acomodado diante das dificuldades, a evangelizadora aconselhou: “Se você já viveu até hoje, resistiu a tudo até hoje, não existe motivo para desistir. Você precisa ser forte, buscar em Jesus essa força e continuar a caminhada”.

        No sábado pela manhã, após participar de missa na Catedral Metropolitana, Eliana Ribeiro concedeu entrevista ao CRIANDO PAUTA e a'O Jornal de Hoje (edição vespertina). Confira:

Criando Pauta - Qual o principal objetivo do seu trabalho?
Eliana Ribeiro - Evangelizar, procurar fazer as pessoas felizes, dentro dos ensinamentos de Jesus Cristo, com muita coerência. Eu tenho que praticar aquilo que prego e aí pregar aquilo que pratico.

CP - Qual sua maior preocupação, em saber que suas palavras, suas músicas, chegam a tantas pessoas por meio do sistema Canção Nova de comunicação?
ER - Procuro sempre o aperfeiçoamento, para que aconteça a eficácia nesse trabalho. Busco levar às pessoas o que aprendo dentro da Comunidade, com os ensinamentos que recebo, com as experiências que obtenho nas viagens.

CP - Quais os países que a senhora já visitou como missionária da Canção Nova?
ER - Portugal, onde morei, Israel, Estados Unidos, Itália e Paraguai.

CP - O slogan da comunidade é “Ser Canção Nova é bom demais”, mas além disso, o que é ser Canção Nova para a senhora?
ER - É a manifestação da misericórdia de Deus em mim. Ele havia reservado este lugar para mim. É uma iniciativa de Deus em minha vida. Até os 16 anos, eu tinha uma vida desregrada, envolvida com droga e outras coisas, mas aí veio esse chamado, para mostrar minha vocação e desde então eu só tenho melhorado e procurado melhorar as pessoas que me procuram.

CP - E o DVD “Barco a Vela”, o que representa para a senhora?
ER - Um encontro pessoal com Deus. O resultado desse trabalho tem mérito dos músicos, de toda a equipe, da minha interpretação, de algumas composições minhas, mas nada seria possível sem a graça de Deus. Eu nunca estudei música e de repente me vejo cantando! Cada música desse material tem uma história, uma identidade comigo e na gravação, que aconteceu em dois dias, antes de cantá-las, eu dizia aos músicos o que representavam para mim.

CP - A senhora diz que não estudou música e virou cantora que hoje começa a fazer muitos shows com esse DVD gravado ao vivo. Como se explica isso?
ER - É o que digo, uma realização de Deus. Quando eu tinha sete anos, minha mãe me deu um violão, mas nunca aprendi a tocar. Depois, ela me deu um teclado e eu também não aprendi a tocar. Um dia, já adolescente, num grupo de orações, foi feita uma oração por mim e veio a indicação de que eu deveria trabalhar com cânticos. Alguns dos colegas, que sabiam que eu tinha um teclado, disseram para eu levá-lo no próximo encontro. Eu avisei que não sabia tocar, mas eles insistiram. Quando tiveram a conclusão que eu realmente não tocava nada e como eu sempre fui muito comunicativa, disseram que eu poderia cantar e aí eu comecei a cantar nas missas, o que faço até hoje, foi assim que começou. Essa repercussão do meu trabalho eu devo a Deus, à mística da sua misericórdia.

CP - Quais as influências musicais recebidas pela senhora?
ER - Meu pai era caminhoneiro e muito eclético, gostava de ouvir tudo. Sempre que a gente entrava no caminhão, tinha música tocando e lá em casa a gente também ouvia todo tipo de música.

CP - Na música “Nossa alma”, a senhora fica emocionada ao falar de um acidente de carro onde seu pai morreu. Você, seu marido e noivo à época (músico Fábio Roniel, da Canção Nova), também vinham no automóvel. Você faz um relato desse fato. Por quê?
ER - Como eu falei, eu contava aos músicos sobre as histórias das músicas que nós estávamos gravando na minha vida. Mas não era para ficar gravado no DVD. Mas aquela história sobre o meu pai, que sempre me emociona, ficou a pedido do diretor do DVD, que disse que marcaria o trabalho pela minha sinceridade, por mostrar essa parte da minha vida e a força que tive para superar, com a ajuda de Deus, e prosseguir na caminhada como missionária.

CP - O que mais tem chamado sua atenção, quando se fala de problemas enfrentados pelas famílias hoje em dia?
ER - A realidade das drogas é muito forte e preocupante. A gente tem trabalhado tanto para combater, mas a droga parece que fica mais forte a cada dia. Nosso trabalho também é esse, de mostrar a todo mundo o mal que as drogas fazem. Eu quero ser o reflexo do poder de Deus para quem precisa desse acolhimento, porque Nele tudo é possível ser transformado.

Jornalista João Ricardo Correia entrevista Eliana Ribeiro


Eliana Ribeiro, no palco, interagindo com os músicos

Nenhum comentário:

Postar um comentário